Mais perto da
ausência, às cegas
e sem música de
fundo, te procuro.
Ah o naturalismo das
palavras,
tão nuas, tão sem
subterfúgio —
por mais que se
tateie,
caladas quatro
paredes em cal.
Aquém deste limiar,
às vezes
me envergonho, às vezes
me acovardo, com os
dedos
e o medo em busca de uma saída
fácil, de
emergência,
como quem fugisse
de uma vingança.
de uma vingança.
De dentro da breve
roupa
do corpo, de pernas
reais, servis, sem
raízes
e as mãos sujas
mas remissíveis,
sobre
a urgência da mesa
lisa,
te
procuro —
e quase desisto,
vexado
da minha ridícula
nudez de palavra.