duelo

o vazio da página
desafia, num duelo
desarmado em que
não há vencedores

a palma deserta
sabe à cal, mesclam
os dedos rarefeitos
um frio sem máculas

os olhos desfeitos
à procura deste
espelho oco, fosco
que nada reflete

para adivinhar
o gatilho inerte
pronto a disparar-
lhe um tiro na cara




Nenhum comentário: